Já passava das 22:30h quando resolvi ir ao cinema... e fui... olhei no jornal e tinha uma sessão as 23:15h aqui pertinho de casa e fui ver Budapeste, mais uma adaptação de um livro de Chico Buarque Para o cinema, o terceiro pra ser preciso, já havia visto os outros dois, O Estorvo dirigido pelo meu professor Ruy Guerra que é maravilhoso e louco como o livro. E Benjamim que adorei também pois alem de bem dirigido é muito bem resolvido, com uma salva de que deveria acabar uma seqüência antes do fim... e a respeito de livros q viram filmes só queria dizer uma coisa aqui, eu acho ridículo discutir se um filme é melhor ou pior do que o livro, é ridículo e clichê demais... ora bolas! Cada pessoa que lê um livro imagina o seu filme na sua mente... cada um visualiza o seu personagem, o cenário... etc... e esse é o grande fascínio do livro – fazer viajar – e o filme é a visão de UMA pessoa o diretor, e sendo assim é claro que vai desagradar a uma boa parcela... é sempre assim, uma regra, uma tolice.
Bom mas voltando ao Budapeste, curiosamente é o único desses três filmes que eu não li o livro, talvez até vá ler agora... em primeiro lugar me incomoda um pouco ver o Walter carvalho como diretor de cinema, como diretor de fotografia ele tem trabalhos maravilhosos como “Abril Despedaçado”, “Central do Brasil” , “Amarelo Manga” e tantos outros e muitos e muitos prêmios... eu gostei do documentário que ele dirigiu “Janelas da Alma” a temática é ótima, já em “Cazuza – O Tempo não Para” que ele co dirigiu é um filme fraco demais e que tem um forte apelo que é a própria história, difícil de saber se o sucesso do filme vem do Cazuza ou do próprio filme... mas em Budapeste esperei encontrar um diretor mais maduro mas não foi isso que eu vi... vi um filme arrastado demais e muito preocupado com enquadramentos mirabolantes e sequencias totalmente desnecessárias o que torna o filme chato... o filme cabe em um curta metragem a história apesar de escrita pelo genial Chico Buarque, tornasse quase banal sob a batuta de Walter Carvalho, que também é genial... fotografando... é um filme brasileiro que não parece brasileiro, mas também não é europeu – a Giovana Antonele arranca toda essa possibilidade – é um filme de Walter Carvalho se é bom ou não cada um que tenha a sua própria opinião... eu tenho a minha... é bom, é chato e bonito... dê uma olhada no trailher aqui embaixo quem sabe você anima e vai também ver...
Abraços e bom filme!!!